terça-feira, 23 de junho de 2009

10 Maneiras para profissionais de suprimentos destacarem-se na crise

 
É possível se destacar durante uma recessão? Sim, é o que dizem profissionais de suprimentos e headhunters especializados, que listaram suas 10 melhores dicas.

1. CORTAR CUSTOS

"Essa não é a hora para apresentações estilosas sobre estratégias de longo prazo, ou foco em processos, é o que diz Steve Guy, executivo de compras do Grupo Arcadia
"Para se destacar, busque oportunidades que tenham efeito direto no que é realmente importante. Ponha seus esforços na redução de preços através de suas habilidades de negociação.."
"Volte ao básico”, sugere Paul Carter Hemlin, Diretor de Contratos," "Você é um overhead: demonstre seu valor. Se sua empresa está efetuando cortes de despesas, o que os fornecedores estão fazendo para ajudar? Peça não somente reduções de preços mas também soluções inovadoras. Avalie se não seria esse o melhor momento para renegociar aquele contrato problemático. ”

"Busque oportunidades para crescer e reduzir custos – seja criativo,"diz Shirley Cooper, diretor de compras e cadeia de suprimentos da Computacenter (UK).
Lucy Theaker, sócia da Snowdon Tate acrescenta: "Qualquer coisa que você faça que afete o “bottom-line” será importante. Entretanto, não negligencie políticas internas nem se esqueça do longo prazo – mostre paixão e comprometimento pelo seu negócio; seja realista mas mantenha e acima de tudo demonstre uma postura positiva."
Pat Law, Diretora da Hays Purchasing & Supply, diz que os profissionais de suprimentos devem promover suas conquistas e aumentar sua visibilidade. “Patrocinadores (ou stakeholders) internos devem ser informados com regularidade aonde as reduções de custos e ganhos de eficiência ocorrem.”
2. ENGAJAR COLEGAS

"Olhe para areas nas quais os gastos tem sido considerados insignificantes ou menos importantes nos últimos anos,” diz Stephen Fletcher, executive do grupo PSD.
"Um exemplo é a mídia emergente, aonde contratos robustos e fortes negociações serão necessárias. Se lhe for dada a oportunidade de trabalhar em territórios incertos sua reação e seus resultados devem ser rápidos e efetivos.”
Steve Guy da Arcadia acrescenta: "Outras áreas do negócio sofrerão pressão para a redução de custos. Ajudar essas áreas tem um efeito positive nas suas relações futuras com estas interfaces. "
Anton Roe, diretor de Serviços e Suporte da Matchtech, diz que os clientes estão cada vez mais buscando profissionais que demonstrem liderança comercial ou habilidades em gestão de projetos em times multi-funcionais. “Atributos chave são a capacidade de engajamento e motivação de equipes.”

São também cruciais “agilidade, robustez, integridade bem como influência e engajamento,” acrescenta Jo Sands, diretor interino de Supply-Chain da Odgers. “Sua habilidade de agregar valor com poucos recursos e influenciar decisões de negócios no conselho administrativo será altamente influenciada pela sua habilidade de comunicação em uma linguagem que eles entendam.

3 .DEMONSTRAR HABILIDADES EM SRM (GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM FORNECEDORES)

Roe, da Matchtech afirma: “Estes são sob demanda. Muitos fornecedores tem sido forçados a aceitar mudanças em cláusulas comerciais, portanto deve haver indivíduos com a forma correta de se obter essas reduções mantendo ainda a performance dos fornecedores. ”
Kath Harmeston, gerente de planta e de suprimentos da Royal Mail, acrescenta: “Você deve ter que responder a questões e tarefas táticas mantendo um foco estratégico (o Mercado vai se reerguer em algum momento e manter fornecedores chave sera vital). Conhecer bem sua estrutura de custos e trabalhar com os fornecedores para reduzir custos, não focar somente emredução de preços. "
Theaker da Snowdon Tate afirma que os compradores devem crier valor, relações cooperativas com fornecedores motivando-os a trabalhar com você em detrimento dos concorrentes..

Carter Hemlin completa: “Gestão de Fornecedores deve resultar emu ma redução de gastos mantendo quantidade e qualidade de serviços. "
4. CONSIDERAR O FLUXO DE CAIXA

"O fluxo de caixa é o rei”, continua Sands da Odgers. “É fator crítico um controle de crédito do seu negócio e do negócio de seus fornecedores.”

Em decisões de investimentos é fundamental colocar os resultados no tempo sempre considerando o custo financeiro.

5. ELIMINAR RISCOS

"Você tem que demonstrar uma ampla inteligência de Mercado de fornecimento. Anteceda os riscos e oportunidades e traduza essa informação aos stakeholders,” afirma Harmeston.
"Por exemplo, qual o custom de oportunidade de não se aproveitar uma queda no preço de comodites?”
Os compradores devem ter seus dedos “no pulso da insolvência de fornecedores”, afirma ela. “Mantenha os executivos alertas quanto aos planos de mitigação e riscos eminentes. Prepare-se para gerenciar fornecedores com problemas de fluxo de caixa, insira políticas de tratativa de eventuais casos. "
Chris Arnold, da ProCo Global, afirma: “Gestão de riscos é de suma importância nos dias de hoje. Nós estamos presenciando um aumento na significância dessa habilidade em job descriptions e processos de seleção.

Fletcher, do Grupo PSD completa: “Se suprimentos agir de forma efetiva será capaz de alertar quando a cadeia estiver em risco e terá que tomar ações imediatas e efetivas.”

6. INOVE E SEJA FLEXÍVEL

Christina Langley, diretora da Langley Search and Selection, afirma que os haverá uma virada na forma com que os negócios são conduzidos e alternativas de outsourcing serão reconsideradas.
"As pessoas devem se candidatar a participarem destes estudos de alternativas de negócios. Esses estudos em geral involvem o alto escalão e ajudam a acelerar promoções. "
Arnold afirma que tem percebido uma maior colaboração entre empresas de diferentes mercados e que essa prática tende a ser “para sempre e para melhor”.

Sands da Odgers, alerta que estratégias de redução de custos sozinhas não são suficientes: “Os presidentes agora querem que suprimentos seja uma fonte de geração de valor, inovação e vantagens competitivas.”

Mathew Edwards, chefe de gestão de suprimentos da NetworkMSB, sugere que compradores abracem mudanças como reestruturações, fusões e mudanças em métodos de trabalho. “Com o uso de tecnologias de formas novas, apesar dos riscos, você poderá se diferenciar. Por exemplo, criando estruturas de leilões eletrônicos.
7. SEJA UM LÍDER

Julie Anderson, Diretora da Purcon, afirma que a questão principal não está no indivíduo mas no time que este constrói. “Escolha os melhores talentos disponíveis e desenvolva-os.”

Ela ainda acredita que suprimentos também deveria investor dinheiro e tempo em analyses. “Acuracidade no uso de informações propiciando uma melhor qualidade de tomada de decisões por parte de gerentes de categoria por exemplo.”

"Tenha uma attitude do tipo “pode ser feito”. Esteja preparado para entender o momento em que está. Todo dia é como se fosse um dia de entrevista.
Fletcher, da PSD adiciona: “Profissionais de suprimentos devem ser comercialmente mais astutos que nunca e preparados para decisões rápidas e difíceis."
8. ESTEJA SEMPRE A POSTOS PARA TREINAMENTOS

Profissionais de suprimentos devem estar atualizados com desenvolvimentos em e-sourcing e comércio eletrônico, afirma Elaine Porteous da TechPersonnel.

"Torne-se um expert em seu nicho ou indústria. Aumente suas capacidades de gestão de projetos e torne-se um expert em análise do mercado fornecedor.”

Qualquer um que tenha sua posição atual em risco deve se voluntariar a treinamentos, afirma ela, e foque em uma área anode você poderá diferenciarse.

9. CONHEÇA SUAS FORÇAS

Considere as habilidades que você possue que possam ser transferidas, aconselha Carter Hemlin. “Promova treinamentos para sua equipe difundindo seus conhecimentos”

Emma Crichton da Capita, afirma que é particularmente importante para situações nas quais a busca por uma posição envolve grande competição. Entenda como suas habilidades e conquistas realizadas podem ser transferidas para diferentes tipos de negócios ou outras indústrias. Melhore sua empregabilidade sabendo explicar não somente o que você fez, mas principalmente como atingiu os resultados esperados.

10. AUTO-PUBLICIDADE

Não se esqueça de olhar ao redor, e tomar cuidado com seu curriculum e cartas de intenção.

Julian Ward, consultora da Engage Resourcing, explica: “A conjuntura economica pode fazer com que exista uma tendência natural para que aqueles com empregos seguros parem de buscar oportunidades acabem perdendo as melhores chances.
"Cuidados como pesquisar sobre a empresa são também vitais para que se consiga uma colocação no mercado, quanto aos currículos estes devem acima de tudo trazerem sempre os benefícios que o profissional trouxe para as organizações da qual fez parte.

Fonte: Livre tradução de

http://www.supplymanagement.com/EDIT/CURRENT_ISSUE_pages/CI_features_item.asp?id=19773

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Pós Modernismo, última fronteira? Besteira…

Acho uma grande besteira os Economistas dizerem que não há nada após o pós modernismo, too soon to tell..

As estruturas baseadas no capital tem-se provado frágeis e muito suscetíveis aos ilusionistas de wall-street, créditos ilimitados atrelados a títulos podres fizeram com que casas de verdade se mostrassem feitas de areia de praia como naqueles castelinhos que as crianças fazem nas férias de verão. O “vidente” Drucker já se mostrava preocupado com uma sociedade que não atrelaria sua geração de riquezas com a produção de bens.

O que resta quando as ondas se mostram muito maiores que as marolas e os castelos muito mais frágeis? Resta ao estado intervir financiando bancos e mega-empresas como a General Motors que durante mais de 70 anos foi a empresa de maior faturamento do planeta e hoje possui uma dívida muito maior que a soma de todos os seus ativos.

Concordo que seja besteira dizer que uma era seja melhor que a outra. O que na minha opinião ficou provado é que o capitalismo demonstra um estágio de imaturidade e irresponsabilidade do ser humano, principalmente daqueles líderes formados nas escolas do lucro e do resultado financeiro.

Vivemos num mundo pós-mentira? Espero que essa seja a definição dessa nova era que estamos entrando, se é que estamos realmente entrando nessa nova era.

Minha impressão é que os capitalistas mais uma vez “passaram a perna” nos governos e embolsaram um grande premio por suas imcompetências, vivemos ainda mergulhados em uma mentira, chaman-nos de idiotas todos os dias. Somente uma sequencia de tragédias causadas pelas devastações, pela falta da água potável, pela fome global ou doenças capazes de dizimar nações mudaram a ordem econômica viciada na qual vivemos.

A mentira é o combustível do mundo moderno e os tanques desses combustíveis são os bancos em paraísos fiscais, a mentira é institucionalizada e liga através de canais eletrônicos bancários executivos financeiros e mega-traficantes de drogas que se utilizam dos mesmos mecanismos de fluxo de recursos, as veias do capitalismo pós-moderno.

Acredito que a ciência e a racionalidade podem trazer-nos desilusões mas é na convergência das ciências com a racionalidade que podemos encontrar os caminhos para a verdade e caminharmos na direção de uma sociedade mais justa.

Mas a verdade interessa a muitos, e esse é o problema, o mundo não é de “muitos”, o mundo é para “poucos” e esses poucos em geral são egoístas demais para trazerem a luz da sociedade uma nova realidade baseada em princípios e fundamentada na verdade em todos os seus níveis.

“mirem-se no exemplo das mulheres de Atenas” – Chico Buarque de Holanda

“Mulheres de Atenas” faz referência a aspectos da sociedade ateniense do período clássico e a alguns episódios e personagens da mitologia grega. A letra faz uma alusão aos famosos poemas épicos Ilíada e Odisséia, ambos atribuídos a Homero. Penélope, mulher de Ulisses, herói do poema Odisséia, viu seu marido ficar longe de casa por vinte anos, período em que ela se porta com dignidade e absoluta fidelidade; mas, por um lado, sua formosura, e, por outro, os bens familiares atraem a cobiça de pretendentes, que julgavam seu marido morto.

Ela lhes dizia que só escolheria o futuro marido após tecer uma mortalha, que, a bem da verdade, não fazia questão de terminar: passava o dia tecendo e, à noite às escondidas, desmanchava o trabalho realizado.

E enquanto seu marido se mantinha ausente, embora por tanto tempo sem notícia, ela

se vestia de longo, tecia longos bordados, ajoelhava-se, pedia e implorava para a deusa Atena que providenciasse o retorno de seu amado.

A letra em minha opinião reflete a submissão das minorias que são programadas para esperarem a sua vez, que só virá se viverem na mais completa submissão e obediência, independente de seus desejos, anseios e ambições.

Muitas vezes as pessoas tecem as suas próprias mortalhas em seus pensamentos quando buscam sua verdade interior, sua essência e sua independência. Mas quando chega a noite, guiadas pelas suas consciências infectadas pela sua educação e criação desmancham a mortalha e voltam a esperar pacientemente por uma existência que nunca virá pela distancia infindável entre suas convicções e sua realidade fabricada.

“Se tivesse estudado seria um imbecil” – Bob Marley

Bob Marley se refere à alienação imposta pelo meio acadêmico, ele acreditava que as pessoas devem ser livres para buscarem o conhecimento através da rasta-meditation e da liberdade de expressão. Imbecís são aqueles que se deixam levar por um sistema que limita a capacidade das pessoas aos interesses de uma sociedade fabricada. Se Marley tivesse estudado não teria seguido sua música, sua arte e sua forma de transmitir sua cultura e suas crenças e de certa forma mudar o mundo sendo exatamente e tão somente ele mesmo, autêntico, sincero honesto e simples.

Não deixe eles te fazerem de bobo

ou mesmo tentar escolarizar você

Oh, não !

Você tem a sua própria mente

Então vá para o inferno se o que você está pensando não é certo

O amor nunca nos deixaria sozinhos

Na escuridão deverá aparecer a luz

Não deixe mudarem você

ou mesmo rearranjá-lo

Oh, não !

Você tem uma vida pra viver

Eles dizem que somente o mais ajustado

dos mais ajustados deve viver,

permanecer vivo.

A EVOLUÇÃO DAS TEORIAS ADMINISTRATIVAS À LUZ DA SOCIOLOGIA DE NORBERT ELIAS

 

Para Norbert Elias o processo civilizador é determinado em grande parte pela internalização[I1] do indivíduo de regras e regulamentos sociais que possibilitam o convívio em comunidade de forma harmoniosa, reprimindo os instintos, impulsos e emoções criando uma auto-regulação e autocontrole. Tomemos como exemplo as mudanças recentes causadas na sociedade brasileira pela lei do uso obrigatório de cinto de segurança para motoristas e passageiros. Para Elias as pessoas moldam seu comportamento não apenas pela força punitiva da lei, mas também pela criação de novos hábitos trazidos em conseqüência desta. Um hábito individual pode ser criado a partir de um controle externo (da sociogenesis à psicogenesis).

As empresas atualmente ainda preservam vários traços das organizações mecanicistas de Henry Ford com um alto grau de burocratização. Isso se deve em grande parte a natureza do ser humano de, ao conquistar certo nível de poder e controle sobre outras pessoas cria naturalmente mecanismos de proteção a seu território conquistado através da ampliação dos níveis de controle e hierarquia.

Como não há espaço para todos no topo os “chefes” tendem a estreitar os caminhos para o desenvolvimento e crescimento dos profissionais. Diversas teorias motivacionais tentam demonstrar a importância da quebra dessa lógica haja vista que sem oportunidades as pessoas não conseguem atingir a auto-realização de Maslow.

A administração por objetivos de Peter Drucker trouxe uma mudança significativa na relação entre chefes e subordinados trazendo a possibilidade de auto-realização dentro de cada função através de objetivos e metas tornando o trabalho naturalmente mais motivador. Esse mesmo conceito motivacional é abordado pelo Toytismo aonde o funcionário é responsável pela melhoria contínua dos processos nos quais está envolvido, é então agente de mudanças e têm na busca pelo constante aperfeiçoamento um fator motivacional bastante expressivo.

Peter Senge trouxe ainda o conceito de Organizações que Aprendem aonde grupos multifuncionais extremamente qualificados achatam as estruturas hierárquicas principalmente por não precisarem de controle e supervisão já que o compromisso com as metas e com os próprios colegas seriam fatores motivacionais chave para essas empresas orgânicas. Muitas empresas adotam parcialmente esse conceito em determinadas atividades. As normas de qualidade automotiva, por exemplo, exigem que os fornecedores evidenciem a realização do desenvolvimento de novos produtos de forma multifuncional e auto controlada, são os APQP’s (planejamento avançado de qualidade de produtos e processos) baseados nos círculos de qualidade da Toyota e com o ciclo de Deming (PDCA) como pano de fundo.

Nas indústrias japonesas utilizam-se os Kaizens (do japonês, mudança para melhor) aonde todos os envolvidos em determinados processos são convidados a discuti-los e melhorá-los. Nos kaizens os próprios funcionários mapeiam os processos e juntos definem um novo fluxo de trabalho.

Peter Senge foi muito mais além acreditando que a multifuncionalidade e a melhoria contínua de produtos, processos e pessoas fosse a chave para se atingir a flexibilidade e o poder de inovação que o mercado exige cada vez mais.

Particularmente acho pobre a afirmação de que a internalização das regras criando trabalhadores mais auto-disciplinados e autocontrolados seja um fator decisivo para tornar as empresas estruturas mais orgânicas.

O texto ignora fenômenos como o ocorrido na fábrica da Arvim Meritor no interior de São Paulo aonde apenas a adoção de uma camiseta branca pelos funcionários da linha de produção transformou a fabrica em um exemplo de limpeza no mundo. Todo mundo queria voltar pra casa com a camiseta branca. E não foi a imposição do uso da camiseta e sim a sensação de poder e controle dado a cada trabalhador que geraram esse resultado. Nesse caso não são as regras que motivam as pessoas a fazerem o melhor e sim o exemplo a ser seguido, a cultura estabelecida em uma empresa ou sociedade surge das ações de seus agentes e da necessidade de pertencermos a algo ou a um grupo. O exemplo é mais forte que a força da lei ou das regras na sociedade.

Em 1997 eu trabalhava em um laboratório de análises físico-químicas de tintas automotivas no Brasil que era considerado um dos mais limpos da PPG no mundo. Quando entrei lá a primeira coisa que notei foi que todo analista tinha o hábito de limpar as bancadas e as vidrarias a cada análise. Eu não queria ser diferente e ninguém impôs a limpeza como uma obrigação, eu me sentia bem por fazer parte daquilo e aquilo estava incorporado no dia-a-dia.

A mudança de hábito não ocorre por imposição e sim por um processo de aprendizado baseado no exemplo e exercício da ação aprendida de forma sistemática e organizada. Por isso as empresas somente poderão se tornar instituições orgânicas que aprendem a partir de uma mudança cultural e da quebra de paradigmas principalmente aqueles paradigmas burocráticos e autoritários das organizações altamente hierarquizadas com lideranças viciadas em poder e controle.

Não acredito também que esse processo tenha que ser necessariamente longo, já vivenciei reestruturações com cortes de hierarquia descentralizando o poder e ao mesmo tempo criando-se grupos de trabalhos multifuncionais além do mapeamento e melhoria de processos (Kaizens) surtirem efeitos significativos em empresas inclusive de grande porte.

A Toyota hoje é considerada exemplo de excelência em qualidade, eficiência e lucratividade e seu exemplo é utilizado freqüentemente como modelo para processos de reestruturação e melhorias de outras empresas em todo o mundo com significativo sucesso.


[I1]A internalização de regras e regulamentos torna possível o convívio social= Auto regulação / Auto Controle

O Brasil é o país da Cocanha

O país da Cocanha (poema de domínio popular Europeu) tem apenas a preocupação de suprir os desejos individuais dos homens sem quase nenhum controle, nenhuma moral ou limite. No pais da Cocanha os recursos seriam ilimitados. Já na obra Utopia de Thomas Morus há uma abundancia não somente de recursos, mas também de moralidade, ordem social e justiça, aonde os transgressores tornam-se servos daqueles que cumprem as regras.

No mundo real existe o grande dilema da desigualdade social regido pela lei da Economia de Mercado aonde os recursos são limitados frente os desejos ilimitados dos homens, mesmo assim é muito mais comum encontrarmos pessoas que de posse de muito mais recursos que os outros construam seu próprio país da Cocanha vivendo as margens da lei do que encontrarmos pessoas vivendo a Utopia de Thomas Morus.

Um exemplo claro disso são os nossos magistrados, políticos e autoridades que se julgam acima das leis e merecedores de privilégios em detrimento de uma sociedade a qual esses “privilegiados” deveriam servir, o pais da Cocanha é o Brasil, pelo menos para uma grande minoria da população que vive e desfruta da maioria de nossos recursos, muitas vezes sem qualquer preocupação quanto as limitações desses recursos.